O Shopping Xavantes está de cara nova e o grafiteiro Fhero é o grande responsável pelos murais gigantes que você verá no centro de BH
07/05/2019Cada vez mais o centro de BH ganha cores diferentes. Depois que o projeto Cura iniciou o lindo trabalho de ocupar com arte diversas empenas da região, outras iniciativas semelhantes começam a surgir. Desta vez, as paredes do Shopping Xavantes foram as escolhidas para ganhar novos tons. O artista convidado é uma figura singular: Fhero.
O grafiteiro paulista é o responsável por obras de traços marcantes e que valorizam a cultura em suas variadas formas. “Tenho um grande respeito por essa cidade que me recepcionou muito bem há alguns anos. Essa é a melhor maneira de retribuir. A arte, num âmbito geral, vem para aliviar, emanar alegria e positividade para as pessoas. BH está se tornando uma galeria a céu aberto. Fico muito feliz por ter uma pintura desse tamanho assinada por mim”, conta.
A pintura, no caso, tem 1.200 metros. Ou seja, todos os lados do Shopping Xavantes estão ocupados por arte. A missão que ele recebeu foi justamente essa. Em resumo: criar algo que “envelopasse” o prédio. Sendo assim, Fhero criou duas imagens. Do lado da Avenida Oiapoque agora residem dois enormes pardais. Já na rua Curitiba ele pintou uma imagem de Nica, sua esposa e também grafiteira.
Para Fhero, Belo Horizonte é uma das cidades mais promissoras do Brasil quando o assunto é graffiti. “Temos artistas e iniciativas culturais que são conhecidas e respeitadas no Brasil inteiro e fora”, garante. Ele cita, por exemplo, projetos como o “Confronto Urbano”, que é uma batalha de tags, tipografia de Graffiti, Duelo Nacional, batalha de rimas e etc.
As inspirações de Fhero
“O desenho sempre foi um passatempo que acabou me livrando de muitos momentos ruins na infância. Ficou como um vicio para a vida”, relata. Por consequência, a inspiração para fazer artes sempre esteve presente. “A inspiração vem de vários pontos, vem da vontade de expor o meu melhor para contribuir para um dia, um momento que seja de admiração pela beleza das cores, vem da obrigação de fazer com que meu trabalho não seja meramente ilustrativo, da vontade de ter um mural desse tamanho e etc”.
Segundo ele, aprender novas técnicas, somatizar cores, pode transformar a vida não só do artista, mas também de todos à volta. “As cores são como um copo de água gelada para quem tem sede, um alimento para quem tem fome, são necessárias. Precisamos observar mais tudo isso e começar a absorver o que isso tem de melhor: a vida”, finaliza.
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